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A Doutrina Reagan Anterior Próximo
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Durante os primeiros anos da presidência Reagan, as tensões da Guerra Fria entre a União Soviética e os Estados Unidos intensificaram-se. Reagan entrou no cargo com profunda desconfiança em relação à União Soviética. Reagan descreveu a União Soviética como “um império do mal” e pediu um sistema de defesa antimíssil baseado no espaço, ridicularizado pelos críticos como “Guerra das Estrelas”

Reagan e seus conselheiros tendiam a ver cada conflito regional através de uma lente da Guerra Fria. Em nenhum lugar isso foi mais verdadeiro do que no Hemisfério Ocidental, onde ele estava determinado a impedir as aquisições comunistas. Em outubro de 1983, o Primeiro Ministro Maurice Bishop de Granada, uma pequena nação insular no Caribe, foi assassinado e um governo marxista mais radical tomou o poder. Depois disso, o dinheiro soviético e as tropas cubanas vieram para Grenada. Quando começaram a construir um aeródromo capaz de aterrar grandes aeronaves militares, o governo Reagan decidiu retirar os comunistas e restaurar um regime pró-americano. Em 25 de outubro, tropas norte-americanas invadiram Granada, mataram ou capturaram 750 soldados cubanos e estabeleceram um novo governo. A invasão enviou uma mensagem clara a toda a região de que o governo Reagan não toleraria o comunismo em seu hemisfério.

Em seu discurso sobre o estado da união em 1985, o presidente Reagan prometeu seu apoio às revoluções anticomunistas no que ficaria conhecido como a “Doutrina Reagan”. No Afeganistão, os Estados Unidos já prestavam ajuda aos combatentes da liberdade anti-soviética, em última análise, ajudando a forçar as tropas soviéticas a retirar. Foi na Nicarágua, porém, que a doutrina recebeu sua aplicação mais controversa.

Em 1979, os nicaraguenses se revoltaram contra o corrupto regime de Somoza. Uma nova junta tomou o poder dominada por jovens marxistas conhecidos como sandinistas. Os sandinistas insistiram em favorecer eleições livres, não-alinhadas e uma economia mista; mas uma vez no poder, adiaram as eleições, forçaram os líderes da oposição ao exílio e se voltaram para o bloco soviético em busca de armas e conselheiros. Para o governo Reagan, a Nicarágua parecia “outra Cuba”, um Estado comunista que ameaçava a segurança de seus vizinhos centro-americanos.

Em seus primeiros meses de governo, o presidente Reagan aprovou o treinamento encoberto de rebeldes anti-sandinistas (chamados de “contras”). Enquanto os “contras” faziam guerra aos sandinistas dos acampamentos em Honduras, a CIA dava assistência. Em 1984, o Congresso ordenou o fim de toda a ajuda encoberta aos contras.

O governo Reagan contornou o Congresso solicitando contribuições para os contras de particulares e de governos estrangeiros em busca de favores dos EUA. O presidente também permitiu a venda de armas para o Irã, com os lucros desviados para os contras. A venda de armas e a transferência de fundos para os contras foram tratadas sub-repticiamente através da rede de inteligência da CIA, aparentemente com o total apoio do diretor da CIA, William Casey. A exposição do caso Irão-Contrato no final de 1986 provocou uma grande investigação no Congresso. O escândalo enfraqueceu seriamente a influência do presidente. A preocupação americana com a Nicarágua começou a diminuir em 1987, depois que o presidente Oscar Arias Sanches, da Costa Rica, propôs um plano de paz regional. Nas eleições nacionais de 1990, a oposição nicaraguense encaminhou os sandinistas, pondo fim a dez anos turbulentos de governo sandinista.

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